O ensino da Biologia pode ficar mais interessante e atrativo se os alunos tiverem acesso a experiências práticas, aproveitando o ambiente próximo às suas escolas para atividades aparentemente simples, como a observação de aves. No Brasil, o potencial dessa atividade é enorme, afinal, aqui existem mais de 1.990 espécies de aves. Observar esses vertebrados alados possibilita aos estudantes o contato com situações concretas relacionadas a temas de conservação, ecologia, zoologia, comportamento e evolução, por exemplo, que costumam ser discutidos em sala de aula apenas de forma teórica.

Essa abordagem vinculada à interpretação da realidade na qual os alunos estão inseridos está de acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que preconiza que o aprendizado ativo ocorre quando se transcende a memorização e os estudantes são expostos a situações educativas que privilegiam a reflexão e a investigação. Pois quando se está em campo observando e coletando dados sobre as aves, esses dinossauros vivos, a reflexão e a investigação são fenômenos comuns, que acontecem em consequência da própria atividade.

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no âmbito do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, ou seja, além da capacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), também a de transformá-lo. Já no Ensino Médio, há competências específicas a serem desenvolvidas, dentre as quais as de se analisar e utilizar interpretações sobre a dinâmica da vida, da Terra e do cosmos para elaborar argumentos, realizar previsões sobre o funcionamento e a evolução dos seres vivos e do Universo, fundamentar e defender decisões éticas e responsáveis, investigar situações-problema e avaliar aplicações do conhecimento científico e tecnológico e suas implicações no mundo.