O Cerrado e as aves

O Cerrado e as aves

O termo biodiversidade refere-se à união dos termos diversidade e biológica, ou seja, a riqueza e variedade das formas de vida do mundo natural. O termo surgiu no Rio de Janeiro durante a Eco-92, a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, um marco histórico para a visão de como as pessoas interagem com o planeta.

E aqui no Brasil nós temos biodiversidade de sobra! Ainda bem, pois, além da natureza nos presentear com espécies incríveis - como o tamanduá-bandeira, caju, mandacaru ou a onça pintada - a sua diversidade também é extremamente importante para o funcionamento dos ecossistemas. Na verdade, cada organismo, da menor formiga à maior folha tropical, contribui para o funcionamento do ecossistema inteiro. Um pequeno desequilíbrio pode desencadear um problema muito maior.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Brasil é o país com a maior biodiversidade de fauna e flora do planeta. Por isso é tão importante estarmos mais atentos aos seres no nosso entorno. Desde a Revolução Industrial, a biodiversidade vem enfrentando um declínio importante, afetando vários níveis do mundo natural. O Cerrado, bioma onde vivemos, é a formação savânica mais diversa no mundo, tendo cerca de 5% de toda a biodiversidade do planeta. Além disso, ele abriga nascentes das principais bacias hidrográficas do Brasil e da América do Sul. No entanto, essa riqueza está ameaçada e, em toda a sua enorme extensão, somente 8% do bioma se encontra dentro dos limites de uma área de proteção ambiental.

Então, que tal olharmos um pouco ao nosso redor e aprender a dar valor aos seres que vivem conosco? Para isso, podemos contar com as aves, que são animais especialmente curiosos. Além de cantar bonito, elas colaboram para a dispersão de sementes, o controle das populações de insetos e, ainda, são indicadores de conservação dos ecossistemas.

As aves dependem diretamente do seu ecossistema de origem, daí a importância de preservá-lo. Nos diferentes hábitats - os ambientes que oferecem condições favoráveis à vida e ao desenvolvimento das espécies - essas aves vão buscar seus alimentos, água, encontrar um parceiro para se reproduzir e construir seus ninhos. E no Cerrado, encontramos 873 espécies de aves registradas das mais variadas!

Algumas delas nós já conhecemos do cotidiano: quem nunca ouviu falar de sabiá, quero-quero, tucano e joão-de-barro? Essas são aves comuns do nosso quadradinho, mas existem também figurinhas mais raras que a gente não vê todo dia! Topa olhar um pouco para os ares e aprender a identificá-las? Um projeto de educação e ciência cidadã do Laboratório de Ornitologia de Cornell propõe algumas etapas para familiarizar as crianças com a observação de aves. A partir dele, nos inspiramos para propor para você:

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Observe as aves

Algo legal de fazer é encontrar um lugar agradável ao ar livre, ter um caderno de anotações na mão e observar durante 15 minutos: quantas aves você vê durante esse tempo? Quais? Se elas pousaram numa árvore, que árvore é essa? E se elas comeram, o que comeram? Seria interessante se munir do aplicativo para identificar as aves facilmente! Essa atividade permite às crianças ter um primeiro contato mais atentivo com o mundo que lhes rodeia e se dar conta da complexidade dos ecossistemas e todas as conexões presentes entre os seres vivos.


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Siga uma espécie

Agora que já tiveram um primeiro contato, os alunos podem escolher uma espécie como favorita e segui-la! Podemos observar seu comportamento, como ela canta e fazer um desenho simples da ave para descrevê-la. Assim, cada um se torna especialista do “seu pássaro” e pode ajudar os outros no momento de identificá-lo!

O importante é que as crianças se familiarizem com a natureza, para ir compreendendo gradualmente a importância da diversidade dos ecossistemas e a conservação deles.


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